Friday, October 09, 2009

Encontros

“Aqui jazem duas pessoas que nunca se conheceram.”
John Powell


Esta citação foi feita por um homem com certa tristeza, diante da escolha de uma frase para a lápide de seus pais. Fiquei pensando nisto, muitos dias depois de encontrá-la num livro. Fiquei pensando como pessoas que convivem, moram, conversam e se encontram freqüentemente podem não se conhecer. Fiquei imaginando como este termo conhecer é muito mais profundo do que meramente imagino. Conhecer segundo o dicionário quer dizer: ter noção; ter convivência, reconhecer, apreciar, avaliar; ser consciente de si mesmo, dos seus valores e limitações, podendo até se referir a relações sexuais como no antigo testamento, retratando a profundidade do termo.

Contextualizando para nossa vida, penso como podemos ser tão comunicativos, tão expressivos, tão conectados e mesmo assim não sermos conhecidos uns pelos outros, e por nós mesmos. A tecnologia que me liga também me afasta daquilo que me aflige, que me angustia daquilo que eu preciso me esforçar para fazer. Lembro-me das apresentações no primeiro dia de aula, era preciso se esforçar para romper o desconhecido e torná-lo conhecido a todos. As mãos suavam, o corpo tremia, mas no final a sensação era de que depois eu já poderia ser mais eu, pois o meu nome foi falado e onde passei as férias foi mostrado. Hoje é aniversário do meu pai, e me ocorreu na mente e no coração o perigo da superficialidade, o perigo de se conhecer apenas com a mente. Surgiu-me um pensamento de como posso ouvir as pessoas e não escutá-las, tornando o ouvir por si só repetitivo e assim monótono e desinteressante. Me deu vontade de parar o dia e encontrá-lo, somente para dizer obrigado por pertencer a mim,independente das nossas personalidade e desencontros. De dizer eu te amo, amo por te conhecer e não somente por te ter, e de reafirmar o prazer de conhecê-lo por mais este dia, de escolher, acolher, abraçar e comemorar o lado doce e amargo da vida com alguém que já viveu 34 anos a mais do que eu.

Desejo através destas palavras expressar minha gratidão, primeiramente a Deus por ter se tornado conhecido de nós, por Ele aparecer como pai, como amigo e como abrigo. Por se interessar em me conhecer, mesmo eu muitas das vezes me apegando a outras coisas, como criança encantada com a boneca nova, que esquece como a velha era muito mais companheira. Agradecer por ter a oportunidade de conhecer e reconhecer o seu Amor na vida das pessoas. Daquelas que vejo sempre, daquelas que não conheço, daquelas que foram salvas do tsunami, daquelas que permaneceram mais um dia sem beber mais um gole, daquelas que não merecem, mas que mesmo assim recebem como eu. Desejo mais encontros. Mais encontros com o espelho, com o que sonho, com o que vejo. Mais encontros com minha família, com meus amigos, com meus pensamentos. Encontrar com quem ainda não conheço, com quem ainda anseio, com a outra persona, com o fariseu e a criança que vive dentro de mim. Afinal, os encontros nos capacitam a conseguir muito mais do que conseguimos na solidão. O partir do pão se torna algo especial, o de estar com o outro, do ser um com o outro e essa atitude, esta disposição possibilita o abrir dos olhos do coração e o fim do silencio de não se conhecer. Desejo conhecer mais sorrisos dentro de mim, mais misericórdia, mais construção. Desejo sempre desejar. Desejo poder afirmar que conheço e aprecio o que meu Pai tem colocado na minha primavera. E assim, poder tropeçar, levantar e caminhar, ouvindo a canção que diz: “Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega, no outro vai embora. Cada um de nos compõe a sua história, cada ser em si. Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.” Almir Sater

Priscila Souza
Uberlândia/05.10.09

Thursday, October 01, 2009

Razao pra viver

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar.

Eu gostei muito dessa parte de uma musica que ouvi esses dias atrás, e queria pensar algumas coisas sobre ela. É tão bom quando você tem um sentido pra viver. Como seria a vida sem uma razão de existência? Como seria ter que viver sem saber onde se vai chegar? Existe mesmo um grande numero de pessoas que não sabe o porquê existe. O que fazer então? Continuar correndo de um lado pro outro procurando em tantas coisas e quebrando a cara? Infelizmente é isso o que milhares de pessoas estão fazendo.
Mas, existe uma solução. Chegou a hora de parar de correr atrás do vento e voltar pra fonte da nossa vida. Ninguém melhor do que quem nos criou pra nos mostrar qual é a nossa razão de viver. Por exemplo; um carpinteiro faz uma cadeira. Ela não sabe pra que serve, mas ele sabe. Um luthier cria um violão. O violão não sabe pra que serve, mas o luthier sabe tirar sons maravilhosos dele. Assim também somos nós. Cheios de achismos, pensamos que sabemos o pra que existimos, mas se não buscarmos no nosso criador qual a nossa razão, nunca vamos descobrir, e assim, vamos continuar correndo pra lá e pra cá desnorteados. Eouheouheouheouheouhe.

Espero que você ao ler esse artigo, possa parar um pouco e refletir: será que hoje você tem entendido qual é sua razão de existir, ou está perdido sem rumo? O criador é o mais interessado em te revelar o porquê Ele te criou. Então, procure ter um tempo com Ele pra que você possa descobrir dEle o que for necessário. E assim você poderá estar abraçado com Ele nos dias frios sobre o conforto de amá-lO.